terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Champanhe" para crianças e uma visita ao supermercado. - REVOLTA -


Então que o Ano Novo já passou faz um tempinho, mas só conheci a novidade hoje. Uma ida ao supermercado, aproveitando que a sogra está passando uns dias aqui em casa de novo, deixei a Dressinha com ela e eu e a Nati fomos fazer as compras do mês, que por sinal estavam bem atrasadas. Aja saco pra encarar supermercado né!?

Então que a Natália já tinha comentado sobre essa tal champanhe para crianças, mas confesso que nem dei muita importância quando ela me contou que amiga tal, amigo tal, fulano e fulana tinham tomado isso nas festas de finais de ano e que só ela que não tinha nada pra tomar. (pense numa criança privada de todo líquido durante a festa de Ano Novo! :o)  ) Cortei o assunto e nunca mais ela tinha falado sobre, até hoje quando quase surtou ao ver a tal bebida no corredor do supermercado, em destaque nas prateleiras, por sinal. Estavam lá as garrafas lindas e coloridas, com estampa das princesas, dos carros e de outros personagens infantis.

Depois de ser arrastada pra conhecer a nova sensação do momento "QUE SÓ ELA NÃO TINHA COMPRADO", fiquei indignada. Nem parei pra olhar muito e seguiu-se o seguinte diálogo:

- mãe, mãe, olha compra pra mim...
- tô vendo Nati, mas não vou comprar.
- mas eu quero mãe, todo mundo comprou pro ano novo, menos eu. Por favor?
- filha eu não vou comprar champanhe pra ti, isso não é coisa pra criança.
- mas mãe não tem álcool, é um suco de morango mãe!
- então vamos comprar suco de morango, isso eu não vou comprar.
- não mãe, eu quero champanhe, quero essa que é pra criança, por favor, por favor, por favor!
- filha eu não vou comprar porque criança não tem que tomar champanhe e se tem esse nome não me interessa que tipo de líquido tem dentro, nós não vamos levar.
- mas mãe a fulana comprou, a beltrana também, a pafúncia também comprou e até o pafúncio comprou também.
- filha na casa deles a mãe e o pai deles decidem o que é melhor pra eles, na nossa casa, somos eu e teu pai que decidimos e nós não concordamos em comprar isso pra ti, porque o que o dono dessa empresa quer é que tu cresça e beba muita bebida alcoólica vire uma bêbada e ele fique rico com teu dinheiro.

Nisso um senhor que está trabalhando no supermercado, abastecendo as prateleiras com garrafas de vinho me diz:

- mas dona ela tem razão, isso é feito pra criança, é como um guaraná, pode comprar pra ela.
Eu não devia, eu sei, mas respondi.
- senhor, não vou incentivar minha filha com 8 anos a beber "champanhe", mesmo que ela não contenha álcool e acho um absurdo isso ser permitido, é um incentivo a criança para beber no futuro.
- ah, mas eles gostam de fingir que estão bebendo, eu comprei lá em casa
- pois então, eu me preocupo com a forma que educo minha filha e não vou ensinar a ela que beber é legal.

Fiquei muito, muito indignada. Já não chega todo incentivo ao consumismo? Já não chega os canais de crianças passarem propagandas de produto de limpeza de roupa, de papel higiênico, de alimentos, dizendo que mãe que ama compra produto tal ou tal? Já não chega nossas crianças, desde à sua primeira infância serem tratadas como consumidores? Agora querem incentivar o consumo de bebida alcoólica desde a infância?

Será que ninguém percebe que a única intenção da Cereser ao lançar este produto é de ganhar dinheiro hoje com as crianças e garantir o ganho de mais dinheiro ainda para um futuro próximo?

Esse produto visa criar uma relação "amigável" das crianças com bebida alcoólica e enquanto nossos filhos se viciam eles enriquecem.

Cadê o Ministério Público que não toma uma providência?

* O produto em questão se chama Spunch e é da marca Cereser, a garrafa vem em formato de uma garrafa de Champanhe. Eles vendem produtos tão apropriados para crianças que seu site tem restrição de idade, ou seja, não é permitido para menores de 18 anos.
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update - Para quem quiser comprar a briga o email da Cereser é sac@cereser.com.br

A Tais Vinha do blog Ombudsmãe comprou a briga e escreveu um post maravilhoso sobre :  AQUI

A Flavia Bernardo do blog Agora Somos Três também está indignada e escreveu sobre: AQUI

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

5 meses e um amor que só faz crescer!

Então filha que esse mês foi tão especial. Tanta coisinha nova que tu aprendeu. Neste mês tu aprendeu a rolar e ficar de barriga pra baixo, não que tu goste muito desta posição, porque tu não fica mais do que um minuto assim e grita por socorro. Sim minha filha, tu aprendeu a gritar, não temos mais aqueles choros de antes, agora tu nos chama gritando, acorda pela manhã e dá um gritinho de leve, se não for socorrida logo vai aumentando o volume dos gritinhos.

Esse mês tu teve muitas "primeiras vezes", primeira vez que comeu frutinhas, maça, mamão, banana, pessego, melão, pera e abacate. Adora todas. Ainda experimentou água de coco, suquinho de maça com cenoura e suquinho de laranja do céu. Tem sido delicioso viver essas experiências novas contigo, me divirto escolhendo tuas frutinhas e as combinações de cada dia.

Outra coisa bem legal que fizemos esse mês foi tomar alguns banhos de piscina juntas, e tu adorou, fica lá largadona na bóia só relaxando na água.

Ainda teve as conversas, que agora tu conversa bastante, principalmente com o teu bubu (chupeta) e com tuas mãozinhas. Uma fofa!

Mas sem medo de errar digo que a primeira vez que tu gargalhou foi o momento mais especial deste mês filha, tu gargalhou muito e foi muito gostoso te ver assim feliz com a tua irmã, porque claro que a única pessoa que consegue te fazer gargalhar é a Natália.

Teve a parte chatinha também, que foi a primeira visita ao hospital, já que aquela maldita virose horrorosa te pegou feio, te fez vomitar muito e ter muita diarréia por longos dez dias, mas passou filha e hoje na consulta da pediatra a gente pode se certificar de que tu ainda assim cresceu e ganhou peso. Foi pouquinho perto dos meses anteriores, mas como tu tem reserva (minha gordinha!), a pediatra disse que tá ótimo, teu percentil de altura está 50 e o de peso ainda um pouquinho acima de 50.

Altura - 63 cm
Peso - 7.350 k

* A pediatra das meninas está de férias, fui em uma outra hoje só para a revisão mesmo, consultório chique, enorme, cheio de brinquedos e frescurites do tipo colocar botinhas de tecido nos sapatos pra entrar, mas um atendimento frio e distante, ela não nos atendeu mal, atendeu direitinho, examinou a Dressa, elogiou a rouoa dela, conversou um pouquinho com ela, mas sabe quando tu sente que a pessoa está ali cumprindo um script? então, ela estava ali, mas não estava... e só tenho a dizer: que saudades da Dra. Juliana de Oliveira!!!!!!


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pérolas da Natinha

Sempre acontece de as pessoas pararem para ver as pernocas gorduchas da Andressa, a maioria delas se toca que tenho uma outra criança junto e sempre fazem uma gracinha com a Nati também...

dia desses ela me sai com:

- ai mãe até quando as pessoas vão ficar falando com a gente?
- como assim Nati?
- desde que tu ficou grávida um monte de gente que nem nos conhece para pra falar com a gente
- ah filha é que bebês e crianças fazem as pessoas felizes e todo mundo gosta de ver, de brincar, todo mundo acha bebês e crianças bonitinhos
- ai depende né
- depende do que filha?
- porque tem bebê e criança que é muito feio né, aí só se forem mentirosos pra ficar falando "ai que bonitinha, ai que linda"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O dia que eu machuquei a minha filha...

e estou arrasada, péssima, péssima mesmo...

Sou super cuidadosa com a Andressa, mas hoje não entendo o que aconteceu. Fui cortar as unhas dela e cortei um pedacinho do dedinho. Pense num desespero. Meu e dela.

Além do susto ela teve dor, porque gritava com as lágrimas saltando dos olhos. Enquanto eu desesperada chorava e tentava ver o tamanho do corte. Foi um pedacinho considerável, levando em consideração o tamanho minúsculo do dedinho.

A sorte foi minha empregada estar em casa no momento. Eu simplesmente não conseguia raciocinar, só chorava abraçada nela e pedia desculpas. A Lúcia trouxe rapidinho remédio pra dor e um anti-séptico e depois de uns 3 minutos ela se acalmou.

Eu ainda estou arrasada e culpada. Não me conformo, não sei como fui fazer isso. Não me perdôo. Passei o resto do dia com ela no colo. E de agora em diante as unhas dela só serão cortadas com ela dormindo bem pesado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sorvete de Chocolate ou Sorvete Chicabom

Aproveitando que duas amigas da Natinha estão dormindo aqui em casa desde sábado e eu ia ter boquinhas pra devorar este sorvete antes que marido coma o pote todo em dois dias. Ele é viciado em sorvete e esse ele gosta mais do que o normal. Já aviso antes, é uma porrada calórica, mas é gostoso na mesma proporção e não precisa de sorveteira não.

Vamos a receita:

Sorvete de Chocolate


800 gr de doce de leite de boa qualidade (eu uso conaprole ou o da Nestlé, aquele da latinha)
2 latas de creme de leite com soro
8 colheres de sopa de chocolate em pó (não achocolatado)

Bater tudo na batedeira por 3 minutos. Levar pra gelar com 24 hs de antecedência.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Que não é o que não pode ser que. Não é o que não pode. Ser que não é.

Então que assim, do nada, cai a ficha. Tá eu tô sofrendo por antecipação. Mas hoje me dei conta, mês que vem volto a trabalhar. E voltar pro escritório não significa somente voltar aos clientes, processos e chateações. Isso também e MUITO.
Mas o voltar agora significa muito mais que isso.

Agora estou voltando sozinha, inteira, não estou mais grávida, não sou mais duas. Tem um ano que meu ritmo mudou muito. Tem um ano que estou na dobradinha grávida/bebêemcasa.

Apesar de ser mãe de segunda viagem eu não vivi isso da outra vez. Não trabalhava com o marido e não me desliguei do escritório e dos problemas nem por um mês sequer.

Agora vivi algo completamente diferente. Eu só sou mãe e ponto. Antes era muito poupada por conta dos riscos que tive durante a gravidez e agora só cuido das minhas filhas e mais nada.

Não me preocupo com clientes, com o escritório, com as contas de lá, com as contas de casa, com o supermercado. Eu só sou mãe. E a vida fica bem boa quando a gente não precisa se estressar, né?

E tenho me sentindo tão confortável neste papel, obviamente por ter tempo de viver com a Andressa o que não vivi com a Natália e por tabela poder ficar próxima da Natália nesta fase que as coisas mudaram bastante pra ela, que de filha única, sobrinha única, afilhada única e neta única passou a dividir espaço com a irmã e com a priminha que nasceu junto com a Andressa.

Além do óbvio eu estou protegida aqui, como que com a vida em suspenso. Não me preocupo com várias coisas porque praticamente nem saio de casa. Se não fosse pela agitação da Natália que toda hora quer uma coisa diferente os dias começariam e terminariam iguais.

E isso tudo acaba mês que vem. Não vou mais poder passar o dia apenas cuidandos dos intervalos das mamadas, da quantidade de cocô, se vomitou ou não, se arrotou ou dormiu o suficiente. Temos uma rotina diária que varia muito pouco e estou confortável com ela. Já disse que tiro de letra essas coisas de ser mãe? É algo que faço com prazer. Não nego que cansa, que suga a gente ao máximo. Mas eu gosto dessa função toda de me envolver com a rotina delas.

Agora vou ter que trocar os horários das mamadas pelos horários dos clientes, a preocupação com os arrotos pela preocupação da roupa por vestir, do cabelo em dia, das unhas sempre feitas. Preciso voltar a ser a Andrea Advogada e não estou nem um pouco animada com isso. Ter que viver a pressão dos clientes, o estresse das audiências, a preocupação com as contas a vencer me deprime.

Mas ficar aqui, pra mim, repito PRA MIM me faz sentir um certo "não viver", um não arriscar, não viver a oscilação de emoções que a vida lá fora trás. Sim, me sinto confortável e protegida aqui dentro da minha vida exclusiva de mãe e tenho uma vontadezinha de mandar tudo as favas e ser só mãe. Vontade aliás que depende exclusivamente da minha decisão, já que marido da a maior força.

Mas não dá. Pra mim não dá. Não posso. Mesmo que não me sinta nem um pouco a fim de deixar minha bebezinha, que eu não consiga me imaginar não sendo mais a única responsável pelos seus cuidados eu vou. Vou lá matar um leão por dia e morrer de culpa, mas tenho certeza que é o melhor pra todo mundo. E que se não for, nunca será tarde pra mudar tudo de novo.

Fiquei um pouco deprimida com isso hoje...