domingo, 14 de setembro de 2008

E o melhor amigo do homem...

pode ser o inimigo das crianças...

Natinha foi mordida por um Chow-Chow hoje, a Lêle, cachorra da nossa vizinha. O dia tinha tudo para ser ótimo. Sol, apesar do frio, um casal de amigos com o filho que vieram almoçar conosco. Enquanto amado marido e o nosso amigo estavam na churrasqueira, eu e a Fabi cuidávamos das saladas na cozinha. Toca nosso interfone e o vizinho vem trazendo uma filhotinha da Lêle, a cachorra, pra Natália ver. Foi uma festa, a Natália ama os bichos todos, sempre quer brincar com qualquer bichinho que encontra pelo caminho. O filhotinho ficou por aqui uns 15 minutos e o vizinho acabou convidando o marido para ir ver o resto da ninhada, eu, crente que as crianças estavam no quarto brincando nem me preocupei, quando me chega a Natália aos berros e marido nervoso dizendo que ela havia sido mordida pela Lêle.

A mordida foi no bracinho esquerdo, quase na altura do ombro, ela chegou a abocanhar, e por sorte apenas o dente debaixo "encaixou" bem, os de cima, apesar de terem cortado a carne não foram tão profundos. Se esse "encaixe" tivesse sido mais eficiente o estrago teria sido muito maior. Também teve uma mordida no bumbum, onde apenas um dente feriu minha pitoca, acho que por causa da ação rápida do marido, ou porque a calça que ela estava usando era mais grossinha. Liguei pra pediatra (o que seria de mim sem a querida da "tia" Juliana!?) que me aconselhou a lavar com água oxigenada e dar umas gotinhas de remédio pra dor. Amanhã vou levá-la pra Juliana ver o ferimento, ainda não sei se precisaremos fazer antitetânica ou antirábica, já que o vizinho garantiu que a cadela foi vacinada ano passado. Quero conversar com calma com a Juliana sobre isso, confesso que me dói fazer a Nati passar por mais uma sessão de dor.

Marido estava conversando com os vizinhos e disse pras crianças ficarem ao lado dele, quando um dos vizinhos ofereceu um tira gosto pra ele e pras crianças, ao se virar para o lado para se servir, a Natália correu, a Lêle se assustou, muito provavelmente por causa dos filhotes, e acabou por morder.

Estou tão chateada. A mordida do bumbum só vimos agora a noite. Como a do braço foi muito mais grave, a Natinha só mostrou o braço, tirei a camiseta dela e olhei por tudo, mas nunca me passou pela cabeça que ela podia ter outro ferimento sem ter se dado conta. Agora a noite ela me disse que tinha algo pra me contar. Fico na dúvida se ela não contou, também por ter sido no bumbum e estarmos com visita, ou porque ela odeia quando se machuca e eu passo remédios, que ela alega doer mais. Conversei bastante com ela sobre isso, ela garante que esqueceu porque o do braço doia mais. Tomara que seja isso mesmo. Expliquei que por pior que seja a situação, que mesmo que seja algo que ela ache que eu e o pai vamos ficar bravos, ela precisa nos contar, porque só nós podemos ajudá-la, que sempre vamos ajudá-la, mesmo que ela tenha feito algo errado e blá blá blá.

Enfim, criança crescendo e os problemas ficando maiores na mesma proporção. Saudade de quando eu chorava porque ela tinha cólicas.

2 comentários:

Ana Canuto disse...

Fiquei com "os zóio cheio dágua e até a vista se atrapaiô".

um Beijo pra Natinha. Eu fui mordida por cachorro quando criança e dóis pra baralho !!!!

Mas amo bicho e nunca fiquei com medo. Tomara que a Nati entenda que foi uma reação normal e continue gostando também.

Andrea disse...

Ana, ela tá tão bem já que hoje cedo estava na grade da casa da vizinha chamando a cachorra, ela gosta tanto da bichinha que nem ficou com trauma não! Eu confesso que até torcia pra ela ficar com um pouquinho pelo menos, porque ela adora tudo que é bicho que vê pelo caminho e quer pegar, dar colo, fazer carinho, é preciso estar sempre atenta, se bobear ela entra na jaula do leão! :)