sexta-feira, 11 de março de 2011

A volta ao trabalho

Então que a pessoa volta a trabalhar na segunda. Praticamente seis meses cuidando quase que exclusivamente da minha bebezinha. Me dediquei muito a ela e a Nati, me dediquei muito a fazer com que a chegada da Dressinha trouxesse apenas mais e mais harmonia, alegria e amor pra nossa família. Me esforcei para que a Natinha não se sentisse excluída ou em segundo plano, e me orgulho muito de ver o amor enorme que ela tem pela irmãzinha.

Me sinto muito orgulhosa e feliz com a família que eu e amado marido estamos formando.

Não vou negar que meu coração está apertadinho, que sinto um pouquinho de culpa e se eu levar em consideração apenas meu coração, nenhuma vontade de voltar. Mas eu preciso ser um pouco racional neste momento. Preciso retomar a minha vida, nesses seis meses me afastei de tudo e de quase todos. Ñão fui ao cinema, não sai pra jantar fora, não conheci pessoas, não trabalhei, não usei salto alto, escolhi o que vestir pensando no que era mais confortável para amamentar/carregar filha. Eu troquei minhas bolsas por uma bolsa cor de rosa de bebê. Nesses seis meses eu cuidei e me deixei um bocado de lado. Eu quase não usei maquiagem e usei muito pouco perfume. Não fiz as unhas com a frequência que costumo fazer e ressequei as mãos de tanto usar alcool em gel. Eu troquei muita fralda e fui muito vomitada. Eu esqueci de comer, esqueci de tomar banho, eu quase não usei hidratante e meus cremes anti-sinas caríssimos ficaram esquecidos na gaveta. Perdi a conta de quantas mamadeiras eu lavei e de quantas vezes eu cantei se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes... Nesses seis meses eu praticamente não dormi.


Eu fui feliz...


e estou aqui com o coração apertado, um nó na garganta e uma vontade de chorar, porque, diferente da Nati, ela é muito grudada em mim. Porque eu não queria perder um minutinho sequer da vida das minhas filhas, mas eu preciso voltar.

Eu preciso sabe. E essa é uma decisão pessoal que eu tomo porque acredito que ninguém possa ser só uma coisa por muito tempo. Eu só estou sendo mãe e talvez esse papel me bastasse por mais um tempo, mas me programei para 6 meses e o tempo passou rápido demais. E a Andrea mãe precisa reencontrar a Andrea mulher e a Andrea profissional.

Acredito que isso me fará mais feliz e uma pessoa mais feliz é o que melhor posso oferecer as pessoas que mais amo no mundo.

4 comentários:

Tathyana disse...

Te entendo, e como. Eu tmb fui muito feliz vivendo exclusivamente para os meus filhos por quase sete meses. E a hora de voltar chegou e me trouxe muita alegria tmb. Senti que meu papel foi cumprido, que meu filho foi nutrido de afeto, leite materno e carinho, mas que a hora de voltar é agora. Seja feliz no seu regresso. Quando a cabeça e o coração sabem o que fazer só pode dar coisa boa. Bjssssssssss

Lily disse...

Nossa Andrea, exatamente o que estou sentindo. Como nossas filhas sao quase "gemeas", nos passamos por tds as fases juntas. Eu lia seus posts e me reconhecia em quase tudo. Com excecao da sua mega experiencia, ja que sou mae de primeira viagem :-) Mes que vem tb volto a trabalhar, alem dos 6 meses de licenca consegui juntar mais 1 mes de ferias. Mas tb estou achando que 7 meses é MUITO pouco!! Ja estou mais grudada na Gabi pra poder compensar a distancia a partir do proximo mes. Concordo que temos que voltar a ser mulher ate mesmo para sermos maes melhores, mas ja sei que isso vai doer muito. Boa sorte na sua volta!! Bjs

Beta disse...

Bah Andrea, super te entendo...tb voltei a trabalhar essa semana. É estranho. O que eu queria mesmo era ter um trabalho que me permitisse ter horáios mais flexíveis, mas enquanto não acho um vou me desdobrando.
Bjão

Cris Bomfim disse...

Te entendo e pensei o mesmo quando tomei a decisão de voltar (não no tempo que planejei, mas enfim...voltei). E está sendo muito bom, por isso te desejo coragem, força e sabedoria.

Tô aqui na torcida para que todas se adaptem o mais rápido e o mais leve, possível.

Bjs Bjs