terça-feira, 21 de julho de 2009

Pensando a vida...

Dois anos de terapia né.

- Já durmo oito horas por dia sem problemas;
- Nunca mais tive crises de asma;
- Profissionalmente estou onde gostaria de estar;
- Tenho tempo de ser mãe da minha filha, esposa do meu marido e dona da minha casa sem me sentir sobrecarregada com tudo issoaomesmotempoagora;
- Me sinto confortável dentro da minha profissão sem me sentir "representando" a advogada o tempo todo;
- Coloquei novamente o aparelho ortodôntico e estou levando o tratamento a sério, nem por uma única vez eu pensei em tirar o aparelho e nem tampouco faltei as consultas;
- Aprendi a dizer não (ainda me culpo um pouco, é verdade);
- Encarei de frente meu câncer de pele e me curei;


É verdade que ainda não sei lidar bem com o "depender" de alguém. Sinceramente, ainda odeio a idéia de depender de alguém para qualquer coisa que seja.
Ainda me isolo um bocado quando tenho um problema para resolver.
Não consigo pedir ajuda, mesmo quando sei que preciso de ajuda.
Ainda compenso meus problemas na comida. Ruminar meus problemas significa comer além do que deveria e compensar os problemas comendo ainda é uma realidade.

Então que cheguei em um ponto importante do meu processo de mudança de velhos hábitos.

Tomei minha primeira "boleta" para emagrecer aos 14 anos. Comecei ai o famoso "efeito sanfona". Magra em um ano, gorda no ano seguinte, fofinha no outro, magra no próximo. Nas piores fases desse processo, que foram quando meus pais se separaram, (17 anos) e depois quando eu fazia tratamento para engravidar da Natinha, (28 anos) engordei praticamente 30 kilos em cada um desses anos, emagrecendo no seguinte e repetindo o processo "sanfona" logo a seguir.

Claro que reeducação alimentar nunca fez parte dos meus planos. Eu precisava de efeito rápido. Emagrecer 11 kilos em um Spa nos confins do inferno eram uma boa solução na época. Trinta dias vivendo uma vida de mentira pareciam ser o ideal, se não fosse preciso voltar pro mundo de verdade depois seria perfeito. Passar horas e horas sem comer, fazer basicamente duas refeições por dia, trocar o almoço por um chocolate, acreditar cegamente que poderia passar o resto da vida sem comer doce, ou sem comer carboidratos eram soluções a curto prazo, de efeito rápido e nada duradouro.

Hoje finalmente dei o primeiro passo pra mudança definitiva de como eu me relaciono com meus problemas, e consequentemente com a comida.

Depois de uma hora e dez de consulta com uma nutricionista escolhida a dedo eu vou, finalmente fazer a coisa do jeito certo. E VOU CONSEGUIR!

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